Capítulo 11
Capítulo 11
Envolta pela névoa úmida do banheiro, Ângela Alves segurava a torneira com as duas mãos, soltando um longo suspiro.
Ela escorregou por um instante, quase caindo.
Como estava grávida, cair era a última coisa que precisava.
Com um estrondo, a porta do banheiro foi aberta a pontapés.
A silhueta imponente de um homem apareceu na entrada, seus olhos brilhavam como pérolas na escuridão, penetrando a névoa e
fixando–se nela.
“O que houve?”
Ela ficou paralisada por um momento, mas no instante seguinte, umal onda de calor subiu do seu pescoço até a testa.
“Não é nada, só escorreguei. Estou sem roupa, não olhe.”
Desesperada, suas mãos se moviam sem saber onde se cobrir.
Ela escorregou novamente.
“Ah!”
Seu corpo perdeu o equilíbrio, sua mente também desequilibrou, e ela caiu para trás com força.
No momento antes de bater na parede, um braço forte a envolveu com a velocidade de um raio.
A distância entre eles era mínima.
Não havia nada cobrindo seu corpo, estava completamente exposta
aos olhos dele.
Suas bochechas ficaram ainda mais vermelho, como se tivessem sido pintadas, quase prestes a sangrar.
Felipe não desviou o olhar.
A pele dela era como uma bola suave e delicada. Seu peito subia e descia freneticamente, como ondas agitadas, fazendo o corpo dele reagir, as veias pulsarem!.
Foi então que a voz de Bruna soou da porta: “Sra. Alves, você está bem?”
Ângela Alves tremeu levemente, como se despertasse de um sonho, e se levantou apressadamente, agarrando a toalha na prateleira para cobrir seu corpo.
Meu Deus, ela tinha sido completamente vista.
Felipe respirou fundo, irritado, puxou a gola da camisa para aliviar o calor em seu corpo.
Não havia dúvida, era mais um truque dela.
Quantos jogos ela tinha? Era como uma matrioska, um após o outro.
E o pior, ele tinha reagido.
Mulheres que queriam se aproximar dele não faltavam, mas ele nunca
se interessou.
E agora, tinha sido provocado por uma artimanha tão pobre.
Era de enlouquecer!
“Senhor, senhorita, vou preparar o jantar.”
Bruna se virou rapidamente, saindo conscientemente, como se não
tivesse visto nada.
Ângela Alves queria morrer de vergonha, suas mãos agarravam a toalha, e seu rosto ainda queimava.
“Sr. Martins, por favor… esqueça o que viu.”
Felipe recuperou seu semblante frio, com um leve sorriso sarcástico,
Capitulo 11
“Não precisa esquecer, você não é do tipo que me interessa.”
“Então… tudo bem.”
Ângela Alves engoliu em seco.
Ela nunca havia pensado em chamar sua atenção. Content is © 2024 NôvelDrama.Org.
Seus olhos estavam postos nas estrelas, como ele poderia se interessar por alguém tão comum quanto ela?
Ela virou–se para ir embora, mas ele a segurou.
Com um movimento, ele segurou seu queixo.
“O que você fez foi perigoso. Se ousar fazer algo inapropriado novamente e prejudicar o bebê, você vai se arrepender.”
Ele a advertiu severamente por suas falsas quedas para chamar sua atenção!
Um frio cortante acompanhou sua voz, quase congelando o ar ao
redor.
Ângela Alves estremeceu, instintivamente tocando seu ventre, “Você está enganado, o chão do banheiro é que é escorregadio. Vou ter mais cuidado no futuro.”
Ela mordeu os lábios e correu para fora.
Não queria se explicar, afinal, ele não acreditaria.
Ela era a vítima, grávida dele sem razão, ele havia roubado seu primeiro beijo e a visto nua.
Sua vida estava arruinada.
Por que ele a humilharia?
Felipe saiu do apartamento e voltou para a Mansão Martins.
Capitulo 11
Tina havia chegado, tentando arrancar informações da matriarca da família.
“Felipe abortou a criança assim, é uma pena. Por que você não o impediu?”