Capítulo 623
Capítulo 623
Zito é tão incrível assim?”
“Sim.” – Ramalho acenou com a cabeça: “Ele é um gênio raro nesse mundo, capaz de hipnotizar não só as pessoas, mas também os animais.”
“Ele já te hipnotizou?” – perguntou Ângela.
“Nem todo mundo pode ser hipnotizado, pessoas como eu, ou como o Galeno, não podem ser dominadas dessa forma” – explicou Ramalho.
“Por quê?
Com um sorriso malicioso, Ramalho fez uma careta: “Porque somos crianças, nossa atenção é dispersa, então é difícil nos hipnotizar.”
“Ah.” – Ângela arqueou uma sobrancelha, pois tinha ouvido de Felipe que crianças não podiam ser hipnotizadas.
“Pessoas como Leila são mais suscetíveis à hipnose?”
Ramalho deu um sorriso malicioso: “Da próxima vez que eu a vir, posso tentar para você.” Angela levantou a mão e deu um tapinha no ombro dele.
“Ramalho, acho que você pode ser ainda mais incrível que o Zito, porque você é tão inteligente quanto ele. E o mais importante, você é mais gentil.”
Ramalho colocou a língua para fora: “Então por que dizem que as pessoas boas morrem cedo e as más vivem mil anos?”
Angela engasgou–se.
Ela não sabia como responder a isso..
Era um mundo injusto, onde as pessoas eram classificadas desde o nascimento, umal luta constante do mais forte sobre o mais fraco, sem espaço para a equidade.
“Bandidos que cometem assassinatos e incêndios acabam presos e não vivem mil anos.” Ramalho suspirou: “Isso depende de onde você está. Como no País K, onde a lei é… praticamente inexistente, quem tem poder se torna o chefe.”
Essa era uma verdade cruel, e foi por causa desse tipo de desordem no País K que o AK conseguiu se estabelecer e crescer. Text © owned by NôvelDrama.Org.
Angela lhe serviu um copo de iogurte: “Ramalho, você sabe tanto, deve ter viajado muito,
não é?”
“Sim.” – Ramalho acenou com a cabeça: “Minha tia me levava e também levava o Zito. Ela
adora o Zito, sempre diz que eu sou burro, que não sou tão inteligente quanto ele.”
Galeno estufou as bochechas: “Tlo, você é um gênio, não é nada estúpido, todos nós gostamos de você. Sua tia é uma figura estranha, ela prefere as crianças malcriadas às boazinhas,”
Ramalho voltou a mostrar a lingua: “É por isso que eu não quero voltar, quero ficar aqui.”
Angela mastigou um pedaço de bolo de mandioca e retomou a conversa.
“O sonambulismo tem cura?”
“É como uma doença mental, pode ser… controlada, mas não completamente curada. Se a pessoa se estressar ou tiver problemas psicológicos, pode ter uma recaída.”
Enquanto falava, Ramalho encolheu os ombros: “Anjo, é melhor manter o seu primo longe dela, vai que uma noite ela se levanta para cortar melancia e a coisa fica fela.”
Ângela não tinha como influenciar Felipe, seria estranho se ele escutasse seus
conselhos.
“Com todo mundo sabendo do sonambulismo da Leila, ele com certeza será cuidadoso.”
Galeno piscou, um olhar indescritível passando rapidamente por seus grandes olhos
escuros.
“Mãe, por que você se preocupa tanto com essa história da Leila? Se ela for sonâmbula, você deveria ficar feliz. Ela é a mulher má que roubou o tio Felipe.”
Ângela apertou levemente as bochechas dele: “Eu nem me importo com ela, é só que agora ela está espalhando a notícia de que eu a enfeiticei. Não quero levar a culpa por
isso.
Galeno ficou irritado: “Mulher ruim, mordendo as pessoas sem motivo, que horror.”
“Sim.” – Ramalho concordou plenamente, Leila era uma mulher ruim.
“Macumba é uma espécie de bruxaria do sudeste asiático, cercada de mistério, mas na verdade é só… veneno misturado com sugestão psicológica.”
Angela mostrou uma expressão de surpresa: “Nossa, Ramalho, você sabe de muita coisa,
até disso?”